Faustão: Mostrando a realidade do Brasil e da rede televisiva.

São pequenos trechos de uma palestra que ocorreu na USP, em 2008.


Domingão: Esse horário é jogo duro, o cara tem que agradar pai, mãe, nora, cachorro, tá todo mundo vendo TV no domingo de tarde. Por isso não posso ser arrogante e querer dar uma de intelectual, tenho que ser cúmplice do público, levar pra lá o que ele quer ver. Se fosse por mim, 90% dos artistas que cantam no programa não iriam, não tocam na minha casa. Sabe por que existe espingarda de dois canos? Pra matar dupla sertaneja. Agora, tem que  ter o limite entre o popular e o apelativo. Pode ver todos os programas que partiram pra apelação pura saíram do ar… O próprio público abandona.

Big Brother: Eu acho uma desgraça, ruim, uma merda mesmo. O Big Brother é um fenômeno que só faz mal pra televisão, dá a impressão de que todo mundo que trabalha no meio vive de festa, é vagabundo. Além do mais, o programa deveria mostrar todas as camadas sociais, fazer um confronto mesmo. Em  vez disso bota lá garotão com garotona pra ver quem vai se pegar. Olha o Alemão, o cara é simpático e tal, mas saiu do BB e foi dançar no meu programa. O que aconteceu? O próprio público mandou ele pra casa. Depois foi pro Fantástico e só fez merda.

Novelas e panelas: Acho novela um troço horrível, não assisto. Aliás, se tivesse que ser pago pra ver televisão eu queria o dobro do que ganho. Não que eu ache novela mal feita, mas tem um problema de ritmo: ou é muito lenta, ou muito afobada. Além do mais, hoje em dia o autor manda mais do que o diretor, então sempre escala os mesmos atores, é uma panela. Aí fica só aquele chiadinho carioca, um saco mesmo.


Independência do RS: Acho que o Rio Grande do Sul tinha mesmo era que se separar do Brasil, falando sério. Vocês têm aqui um nível de educação superior, além de uma série de outras coisas. O gaúcho tem uma qualidade que falta ao Brasil, ele sabe se posicionar, toma partido, tem um talento nato pra isso. No resto do país é todo mundo em cima do muro, o que é péssimo em todos os sentidos. Falando como paulista, garanto: a maioria dos brasileiros tem inveja dos gaúchos.


Argumentando sobre a palestra:


Ao meu ver, ele é um cara que é segurado pela mídia. Sempre achei o trabalho dele sem sal, tanto pelo horário também, pura lavagem cerebral familiar.
Após ler esse trecho da palestra, percebi que ele é um cara com uma inteligência absurda, e, apenas não pode demonstrá-la na televisão, porque, senão, o público que assiste ao programa dele, sendo a maior parte dele, leigo, iria se sentir ofendido, desrespeitado e/ou senão, acharia algo complexo demais a se entender.
Concordo plenamente com qualquer trecho do trecho da palestra, e, minha visão mudou muito sobre o Sr. Fausto Silva.

-Khallil Porto.

Críticas de um Mendigo

Bem consumido pelo rancor, retorno às nuvens

Deixo de ser tão inconsciente de quando eu ainda sentia algo

Deixo de ser frouxo, besta

À ver navios, atirado em um colchão, pensando coisas

Fico quieto, calibrando emoções

Em um dilema emocional, abranjo desespero, calado, mudo

Pitorescos são meus pensamentos mediante à situação

O mal perante os maus

O bem perante os bons

Os porquês do meu dilema, emocional, mental e físico

Sinto-me estranho, inquieto, agonizado, gritando em silêncio, sem emitir sons

Risonho por fora, depressivo por dentro

Maltrapilho e mal tratado, vivendo nas ruas, atirado

Não bebo, não fumo, não faço mal à ninguém... mereço isso?

Povo infantil, avarento, corrupto e cruel

O país está em vários dilemas. Dentre eles, financeiros e sociais

Queria ter pai, mãe, irmãos. Eu tinha, creio que perdi todos

Atirado na imundície, rastejo, procurando por alimento, ao contrário do resto

Lutando para pelo menos viver

Autor: Khallil Porto